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Foto: Higino Belo em 1916
HIGINO BELO
( 1876 – 1947 )
O pernambucano Hygino Espíndola da Costa Bello nasceu em Recife no dia 11 de janeiro de 1876.
Em abril de 1891, também foi aceito no Grêmio Literário José Bonifácio. Já participava da Sociedade Gonçalves Dias e do Grêmio Instrutivo Normal, onde era o orador em 1891.
O Jornal de Recife de 16 de janeiro de 1892 informou que no dia anterior, numa reunião do Grêmio Literário José Bonifácio, por indicação do “sócio Hygino E. da Costa Bello”, ficou definida a data da eleição da diretoria efetiva daquela instituição. O mesmo Hygino propôs ainda que fosse publicado um jornal literário.
Em sessão do dia 12 de abril de 1892 deste mesmo grêmio, o futuro professor apresentou os seguintes trabalhos literários: Prantos da Alma, Orfãos (poesias) e um canto intitulado Uma Ilusão. Ainda em abril divulgou parte de um romance, Amor degenerado em ingratidão, o conto Uma Impressão, e as poesias Ciência e Vate.
No dia 21 de janeiro de 1898, Hygino Bello embarcou no vapor Jacuhype tendo como destino a cidade de Penedo em Alagoas, como informou o Jornal de Recife de 2 de fevereiro de 1898.
Havia sido nomeado Fiscal do Sal para a 3ª Circunscrição Salineira, compreendendo as salinas da margem de Sergipe e de Alagoas, sob a fiscalização da Alfândega de Penedo.
Em 1898, editava a revista literária A Palavra, voltada para as mulheres de Alagoas e produzida em Penedo. Esse periódico havia começado a circular em 1888.
Foi para exercer o mandato de deputado estadual, a partir de 1903, que resolveu se transferir para a capital, onde instalou o Colégio 11 de Janeiro. Sua transferência se deu também por ter a esposa enferma.
Faleceu em março de 1947 em São Paulo, onde buscava tratamento mais adequado para sua doença.
Em sua homenagem existe em Maceió a Escola Municipal Professor Higino Belo, no Farol.
Aqui apresentamos apenas um trecho da vasta biografia do autor.
O texto completo encontra-se em:
https://www.historiadealagoas.com.br
AVELAR, Romeu de. Coletânea de poetas alagoanos. Rio de Janeiro: Edições Minerva, 1959. 286 p. ilus. 15,5x23 cm. Exemplar encadernado. Bibl. Antonio Miranda
CUBA
Ergue, titan, o teu brado,
Esmaga a hidra — anarquia:
Mostra ao mundo teu valor,
Renegando a dinastia.
Soberba prova de honra
Quem pode a ti disputar?
Se é pequeno o teu solo,
Grande é o teu lidar.
Segue, gigante arrojado,
Conquista um direito teu:
Repele o abutre vil
Que te supõe Prometeu,
Segue no teu batalhar,
Dá lustre à posteridade;
Proclama a tua grandeza
Dando vida à liberdade.
Eu te saúdo, gigante,
Bendigo o teu batalhar;
Nesta luta de leões,
Eia: marchar e lutar!
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Página publicada em junho de 2021
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